Numa ponta, a criança questionadora, participativa, ativa; ela como protagonista da sua aprendizagem. Na outra, o professor, não como detentor, mas mediador do conhecimento; aquele que orienta, estimula, instiga.
Na João e Maria, o construtivismo de Jean Piaget (1896-1980) é teoria posta em prática todo dia, o dia todo.
Nessa jornada do conhecimento, há um só ponto de partida: o despertar da curiosidade.
O aprendiz investiga, apura, formula hipótese, conclui. O erro não é problema, nem fraqueza, tampouco significa fracasso. Faz parte do processo, simples assim. O educador não evidencia a falha, mas auxilia na identificação de uma nova rota, sem obstruir o raciocínio lógico ou podar a criatividade.
É assim, nessa engrenagem tão perfeita, nessa sinergia tão especial, que, em bases sólidas, o conhecimento vai se construindo.
Para complementar e aprimorar o desenvolvimento intelectual, o sociointeracionismo de Lev Vygotsky (1896-1934) ganha força e espaço.
Nós somos fruto da interação com o meio em que estamos inseridos e, portanto, das relações que ali estabelecemos.
A teoria, de novo, funde-se à prática: o ambiente de ensino da João e Maria foi idealizado e materializado para, em linhas gerais, provocar, motivar, ES-TI-MU-LAR.